

Trump pede grande corte dos juros na véspera de reunião do Fed
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, renovou, nesta segunda-feira (15), seu pedido por um grande corte nas taxas de juros antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central) na terça e na quarta-feira (16 e 17).
Trump continua aumentando a pressão sobre o banco central americano, no momento em que o mercado é unânime sobre um anúncio de corte na quarta-feira.
Em uma publicação em sua plataforma, Truth Social, Trump declarou que o presidente do Fed, Jerome Powell, "deve cortar as taxas de juros agora, e mais do que havia pensado".
O mandatário voltou a mencionar o dirigente da instituição financeira como "muito atrasado", apelido que lhe atribuiu recentemente ao não reduzi-las.
O mercado espera um corte de 25 pontos-base no final de sua reunião de dois dias na quarta-feira, e todas as atenções estão voltadas para os comentários de Powell após o encontro.
A medida de reduzir as taxas provavelmente impulsionará a maior economia do mundo no momento em que o mercado de trabalho enfraquece e os temores de recessão aumentam.
Este seria o primeiro corte dos juros em 2025, já que o Fed manteve os índices estáveis desde sua última redução em dezembro, enquanto os funcionários monitoram os efeitos inflacionários das tarifas de Trump.
Embora a inflação permaneça notavelmente acima da meta anual de 2% do banco central americano, o impacto das tarifas parece limitado até o momento.
Este contexto dá aos dirigentes de política monetária alguma margem para se concentrarem em fortalecer o mercado de trabalho, enquanto tentam se equilibrar entre manter os preços estáveis e atingir o objetivo de alcançar o pleno emprego.
A pressão política também ofusca a reunião do banco com Stephen Miran, que preside o Conselho de Assessores Econômicos da Casa Branca, potencialmente confirmado como governador do Fed horas antes do início do encontro.
O Senado americano deve votar para avançar com sua nomeação nesta segunda-feira.
N.Neumann--VZ