

F1 retorna no GP dos Países Baixos com aguardado duelo entre McLarens
Após um hiato de três semanas, a Fórmula 1 retorna neste fim de semana nos Países Baixos, onde o australiano Oscar Piastri, líder do campeonato desde abril, tentará manter sua posição privilegiada à frente de seu adversário mais próximo e companheiro de equipe na McLaren, Lando Norris.
No circuito de Zandvoort, palco da 15ª das 24 etapas da temporada, o favoritismo recai sobre Norris: vencedor de três dos últimos quatro Grandes Prêmios, o britânico também é o último a ter vencido na pista à beira do Mar do Norte, no ano passado.
O atual vice-campeão, que começou a temporada liderando o campeonato, está agora a nove pontos de Piastri, que terminou apenas na quarta posição em Zandvoort no ano passado.
"Só porque você fez duas boas corridas não significa que vai fazer uma terceira", disse Norris aos repórteres nesta quinta-feira.
- Ameaça de chuva -
Dominadora desde a primeira corrida da temporada, a McLaren conquistou onze vitórias nos 14 GPs disputados, com sete dobradinhas (primeiro e segundo na mesma corrida).
Atrás deles, o restante do grid divide as migalhas.
Em terceiro lugar no Mundial e 97 pontos atrás de Piastri está o atual tetracampeão mundial, Max Verstappen, que também sofre com a hegemonia das McLarens.
Com o apoio da maré "laranja" neste fim de semana, o holandês espera reconquistar a vitória, mais pela honra do que pela disputa por um título mundial que parece destinado a um dos carros da escuderia britânica.
A seca começa a se tornar preocupante para 'Mad Max': vencedor de apenas dois GPs neste ano, a última vitória do piloto da Red Bull data de maio, no GP da Emília-Romanha.
"Será uma corrida difícil de qualquer maneira", antecipa Verstappen, vencedor de três das quatro edições do GP dos Países Baixos desde seu retorno ao calendário em 2021. "As condições climáticas podem complicar as coisas".
De fato, tempestades são esperadas durante o fim de semana, condições que, no entanto, favorecem o holandês.
- Circuito estreito -
As férias serviram como um descanso para Lewis Hamilton, que deixou o paddock no início de agosto em meio a uma crise de confiança na Ferrari.
Durante o último GP, o britânico fez duras autocríticas após falhar na classificação: "Sou completamente inútil", declarou, abatido.
Ele terminou a corrida em 12º lugar, muito atrás de seu companheiro de equipe, o monegasco Charles Leclerc (4º).
"Ele é muito exigente, principalmente consigo mesmo", explicou seu chefe, Frédéric Vasseur, ao final do GP. "É por isso que ele é sete vezes campeão mundial".
"Houve muita pressão durante esta primeira metade da temporada. Não foi muito agradável, mas é preciso lembrar que amamos o que fazemos", disse um "determinado e motivado" Hamilton nesta quinta-feira.
Segundo colocado no Mundial de construtores, a Ferrari chega aos Países Baixos "ansiosa para manter o bom momento das últimas corridas", garantiu Vasseur nesta semana.
"Neste fim de semana, a sessão classificatória será especialmente crucial, dada a dificuldade de ultrapassagem nesse circuito", lembrou o francês.
O estreito circuito de Zandvoort representa um desafio para os pilotos, e as ultrapassagens são mais incomuns do que em outras pistas.
Fora das pistas, a Cadillac anunciou esta semana a contratação do mexicano Sergio Pérez e do finlandês Valtteri Bottas para suas estreias na F1 em 2026. A escuderia americana se tornará a 11ª equipe no grid.
E.Franke--VZ