

Tribunal israelense adia audiências de Netanyahu em julgamento por corrupção
Um tribunal aceitou parcialmente, neste domingo (29), o pedido do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para o adiamento das audiências de seu julgamento por corrupção, segundo um documento judicial divulgado pelo partido Likud do premiê.
"Aceitamos parcialmente o pedido e cancelamos os dias das audiências do Sr. Netanyahu, programadas para 30 de junho e 2 de julho", indica o documento do tribunal de Jerusalém, que havia rejeitado anteriormente o pedido do primeiro-ministro.
O advogado do premiê solicitou na quinta-feira o adiamento de suas audiências devido aos "acontecimento na região e no mundo", após a guerra com o Irã e o conflito em curso na Faixa de Gaza.
Netanyahu é "obrigado a dedicar todo o seu tempo e energia para a gestão de assuntos nacionais, diplomáticos e de segurança de extrema importância", escreveu Amit Hadad em um pedido enviado ao tribunal.
Os chefes da inteligência militar e do Mossad (agência de inteligência israelense) foram interrogados pelo tribunal neste domingo, a pedido de Netanyahu.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou no sábado que não "tolerará" a continuidade do julgamento por corrupção contra o premiê israelense, que lhe agradeceu algumas horas depois.
Netanyahu "está agora no processo de negociar um acordo com o Hamas, que incluirá trazer os reféns de volta. Como é possível que o primeiro-ministro de Israel seja forçado a ficar em um tribunal o dia todo?", questionou o republicano.
Em um dos casos contra ele, o premiê e sua esposa, Sara, são acusados de aceitar mais de US$ 260 mil (R$ 1,4 milhão, na cotação atual) em bens de luxo como charutos, joias e champanhe de milionários em troca de favores políticos.
Em outros dois, ele é acusado de tentar negociar uma cobertura mais favorável com dois meios de comunicação israelenses.
W.Kraus--VZ