

Americanos dominarão diretoria do TikTok nos EUA, segundo a Casa Branca
O acordo para que a empresa matriz chinesa do popular aplicativo de vídeos TikTok venda suas operações nos Estados Unidos prevê a criação de um conselho de administração dominado por americanos, anunciou neste sábado a porta-voz da Casa Branca.
"Haverá sete cadeiras no conselho que controla o aplicativo nos Estados Unidos, e seis destas cadeiras serão ocupadas por americanos", afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, ao canal Fox News.
"Os dados e a confidencialidade serão supervisionados por uma das melhores empresas de tecnologia dos Estados Unidos, a Oracle, e o algoritmo também será controlado pelos Estados Unidos", acrescentou.
A Casa Branca ameaçou proibir as atividades da plataforma no país por motivos de segurança nacional, caso não venda seus negócios nos Estados Unidos.
Leavitt afirmou que todos os pontos integram um acordo entre as partes, com apenas alguns detalhes que ainda precisam ser solucionados. "Acredito que isso acontecerá nos próximos dias", disse.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse na sexta-feira, após uma conversa por telefone com seu homólogo chinês Xi Jinping, que a assinatura de um acordo sobre o TikTok poderia ser agora uma "simples formalidade".
Ao contrário de Washington, Pequim não comentou sobre a conversa entre os dois chefes de Estado.
Sobre o TikTok, o presidente chinês limitou-se a pedir à Casa Branca que "ofereça um ambiente empresarial aberto, justo e não discriminatório às empresas chinesas que investem nos Estados Unidos".
As negociações acontecem no momento em que uma lei americana prevê a proibição da plataforma nos Estados Unidos por motivos de segurança nacional.
Contudo, desde seu retorno ao poder, Trump tem buscado uma forma de manter o aplicativo em funcionamento, com a venda das atividades do TikTok nos Estados Unidos a um consórcio de investidores americanos, incluindo seu aliado Larry Ellison, diretor da Oracle.
O presidente considera que o TikTok o ajudou a aumentar sua popularidade entre os jovens americanos na última campanha presidencial.
Segundo informações publicadas pelo The Wall Street Journal na noite de sexta-feira, o governo dos Estados Unidos pretende obter uma comissão de bilhões de dólares por seu papel de intermediário nas negociações.
V.Zimmermann--VZ